Dia 1 - Coimbra - Foz Coa (parte 1)

Pensava eu que demoraria um século a lá chegar.
Pois bem, depois de apanhar umas quantas ICs, IPs e outras com números, cheguei lá direitinho e mesmo a tempo.

Era a minha primeira viagem por Trás Os Montes pelo que a minha fantasia era muito linear: aquilo é um alentejo ainda mais árido.
Pois bem, enganei-me redondamente. Embora tenha grandes extensões com pouca vegetação e com o calor e a seca de momento, a cor prevalecente ser o amarelo torrado, outras zonas que encontrei, possuíam grandes manchas verde quer de arbustivas quer mancha florestal. Como sou perito em geologia espacial, não faço a mínima ideia que árvores eram aquelas (castanheiros?) mas ok, eram árvores. Viajar na primavera deve ser um prazer para a máquina fotográfica ... aliás como o alentejo o é também. Viajar em pleno agosto é que não abona muito a favor do viajante.

O GPS, lá foi dizendo onde deveria ir, mas existe sinalização e 207 km depois, cerca de 3 horas de viagem, aparquei junto do edifício desenhado pelo Sisa Vieira o que por si só, é estimulo ao obturador e aguça o apetite.
Resta dizer vos que apesar da extensão da via e do tráfego ... reduzido, segui sempre abaixo dos limites. A ideia não era chegar rápido, a ideia era "papar" a vista e as coisas todas. daí o tourito, que eu pensei ser um primo dos espanhol, mas que visto de mais perto, não tinha envergadura nem para ser o sobrinho bastardo! Mas ok, também temos 1.

Sendo meio dia, entendi perder me no museu e depois logo pensava no almoço. O aparcamento auto é à torreira do sol e naquele dia dava sentir o suor escorrer pelas costas abaixo.


O museu tem ajuda audio, ao que eu, sempre prevenido, liguei os meus fones, e perdi me pelos riscos e rabiscos de um museu bonito, bem apresentado e atraente. As explicações audio são ótimas, a disposição das salas é linear e muito orientada. Alem do fato de estar fresco, estava-se lá muito bem ... sentadito a apreciar a pachora com que os homens do passado tiveram em andar a desenhar nas rochas. Estariam a fazer algum programa ocupacional, ou terá sido as 1ª manifestação de graffitis da malta nova farta de comer posta transmontana 😉?

Sisa sabia que fotografar riscos de alpacas, cavalos e outros bichanos torna-se monótono, mas o mesmo já não acontece com a arquitectura que muda a cada minuto, com o sol e, ou a sombra das pessoas e vai daí: o museu só por si oferece-se como objeto de fotografia. Deixo apenas algumas.





Depois de vaguear à vontade pelo museu, o ratito deu sinal pela uma e meia e aí desci ... desci mesmo as escadas que me levaram à próxima crónica.

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