Verão 2012 (parte I)


Como vai sendo habitual quando a família chega a meados de julho começa a grande aflição.
Este ano, a par do que aconteceu no ano anterior, agravada pelo fato dos “subsídios” irem para tapar buracos existentes ou a existir, pelo que não dão folga para aventuras, somos mesmo obrigados a ir gozar férias ao algarve, pois assim, diga-se que somos uns privilegiados, poupa-se uns cobrezitos.
Mas claro que para afastar as mágoas da penúria, fazemos com pouco, uma grande festa, que é sina dos pobres e neste caso, de quem já, mais teve e agora não pode/tem.


Seguindo a tradição de à quase uma década, vamos todos, ou quase todos, família e amigos, ao Passeio Medieval de Santa Maria da Feira.
Escuso de elogiar o óbvio. 
Se não fosse bom e agradável, concerteza lá não iríamos amiúde.
Aqui ficam, algumas polaroids do momento, pois que as de arte serão publicadas noutros locais mais apropriados, mas aqui se fará eco desse endereço.


Ser recebido por puras, frescas e bem dispostas donzelas que na sua candura e simpatia nos fazem esquecer que a "geração rasca" cresceu e já está no poder, é um poderoso anal….gésico para as dores que essa geração vicentina nos ocasiona.


Muita e poderosa animação de rua.
Cantares, muita música, pantomina (esses números ágente já viu) e muita dança.


Para o próximo ano, garanto que me dispo de preconceitos e também vou bailar entre as gentes ao som daquela música, até que porque com este andar, estaremos mesmo, despidos de to(u)do!








Uma coisa Vos garanto, ao chegarmos, torna mo nos verdadeiros medievos, pomos grinaldas na cabeça … e outros objetos de culturas diversas que apenas a singularidade da careca nos aproxima …



  



Claro que esta peregrinação não estaria completa, sem que na transumância dos odores do porco no espeto nos arrastasse para o paraíso onde não existem asae nem ministério das finanças ou brigadas de trânsito com alcoolimetro em punho.
Sim porque a autoridade, medieval dos senhores da guerra e a cavalo por lá anda.
Da outra, nã vi. Devem andar disfarçados.

Mas o povo é ordeiro e desde que o deixem divertir-se, não cria problemas.
O castigo a aplicar aos que, eventualmente, se recusem  apagar os justos serviços prestados é ... medieval, por isso àgente cumpre.
O povo não exige grande rigor, mesmo que as donzelas utilizem telemovel ou coloquem óculos escuros para momentaneamente protegerem as suas belas pupilas, o povo aceita. 
O que agente não aceita é ouvir o carreira, pai, filho e os enteados.

Uma sandocha embrulhada num papel àspero e suspeito, escorrendo a deliciosa gordura que assusta a mais poderosa e maquiavélica nutricionista, abraçando uma caneca tosca cheia de sangria e, culminando com o generoso ato de recusar qualquer ticket que abone a transação efetuada. No fim, um pão de ló bem carregado de ovos. Este ano, deixámos o hidromel e ginja para segundas núpcias.
Glória, Aleluia Aleluia!

E gostámos?
Claro.
Nós gostámos, a juventude gostou, as crianças gostaram, a avózinha e a sogra gostaram.


Para o ano, lá estaremos.

 


 

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