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A mostrar mensagens de janeiro, 2014

Refém

Estou refém em minha própria casa. Não, não tenho pulseira electrónica pelo crime de ser português e trabalhador da defunta classe média, nem estou a ser vigiado pela NSA (isto é, penso eu). Estou refém, com os movimentos condicionados em casa, à sala, à cozinha e sob reserva, de uma retrete, ao qual, para a alcançar, tenho que demonstrar estar apto a repetir as façanhas épicas de um semi-deus grego e enfrentar os monstros de Hades, Ciclopes, Orks e os sátiros Trolls Coelho & Seguro. Só falta mesmo o Jesus! Tudo começou assim ... … Em cumprimento de obrigações profissionais e aos quais nem sempre é possível escapar, recebo um telefonema da “guilda das mulheres aqui da Casa”, tipo, informativo declarativo. A informação foi um choque. Um desafio à minha capacidade de tolerância. A nossa experiência de vida vai-nos preparando para enfrentar, “cenas” cada vez mais pesadas e emocionalmente fortes. Mas aquele telefonema foi mais além do que poderia alguma vez ter esperado