Nem sempre as Aventuras em Família são acontecimentos alegremente empolgantes
A vida em família é uma constante aventura vivida num carrocel mágico, tal como a montanha russa. Seguem-se acontecimentos rápidos e estonteantes seguidos de pequenos períodos de acalmia, para pouco tempo depois, novas revoluções …
Depois de um período, excelente de paz e sossego, vivido no período de férias – ah aquele Minho, o Passeio Medieval! teve início um agitado ciclo de ansiedade/angústias que ainda não ultrapassámos.
Quando ultrapassamos um, logo outro nos cai em cima.
A situação da matrícula e da escola para a qual a Xana, iria ou não, afinal. Se fosse A, tinhamos o problema do horário completamente desfasado da realidade a necessitar de a inscrever num ATL e pagar balúrdios de dinheiro por uma hora de serviço. Se fosse B, seria óptimo mas aguardava-se resposta da DREC. O final de Agosto chegava e nada de respostas. LIvros escolares por encomendar, material por adquirir e uma incerteza desesperante. Um telefonema. esclarece tudo. A Alexandra é uma distinta aluna do Colégio S Teotónio, embora não vá frequentar o integrado (ensino com música). Processo de transferência complicado pelo facto da matrícula efectuada anteriormente, ser a mãe a EE e agora seu o Pai a tratar do assunto. Assunto resolvido … quer dizer parcialmente, porque a Sr Directora da EB do 2º e 3º CEB Alice Gouveia (Margarida Girão), entende adiar/atrasar de forma sistemática os pedidos de transferência. Não se esqueçam deste nome, porque é daqueles, com quem é melhor não estabelecer relações … algumas.
A filha mais velha, a Ana começa a ficar com a borbulhagem comichosa de ir tirar a carta. Exige respostas, dinheiro também, que não queremos dar já. Temos a cabeça cheia de preocupações e de ansiedades quanto mais preocupar-me com mais isso. Até achamos que é uma mais valia pessoal e familiar, mas o momento exige atenção para outros assuntos. E ela compreende isso? Compreender, compreende, mas nunca o viveu e não apreende o conflito de atenção que está a gerar nos seus pais.
A situação de saúde física dos avós do Algarve, deteriora-se. A avó Feliciana está em sofrimento desde meados de Agosto. Pensava-se quera uma crise de ciática, depois seria uma hérnia discal, agora suspeita-se de qualquer coisa da zona sacro ????. Até o diagnóstico tarda e é confuso o que significa tratamento errático e não eficaz. O avô Diogo anda num stress, e poe os outros nele, porque quer comprar casa para investir os tostões da venda de uma outra.
Os avós almondegas, também não andam famosos. O avô Alexandre tem as doenças do mundo …A avó Odete anda cada vez mais “distraída” e esquece-se das coisas 2 segundos depois de lhas comunicarmos. E nem calculam as confusões que arranjam. Até as garotas se aborrecem com elas. E nós? Evitamos a todo custo depender das suas ajudas para não introduzir grandes perturbações na sua vida.
Os episódios, as histórias dos avós, das Beiras e do Algarve, quando recontados à luz de algum tempo são de “partir o coco”, mas mesmo só na sombra do tempo, porque quando ao “sol”, uai, doem pra valer!
Os empregos estão, continuam uma seca/chatice. O salário ainda mingou mais. O que comprava por 50 agora custa 70 e quando gastava 70 agora tenho que dar 100. Ainda dizem que a inflação não subiu.
Salve-se a abertura das bombas do Jumbo. Agora ponho gasolina a crédito. É andar em roda livre, num mês paga-se o anterior, então agora, vou andar a pagar um mês em cada ano.
A impressora lá de casa, resolveu enquadrar-se na revolução e não puxa papel. Quando o faz, embrulha-o, rasga-o ou pura e simplesmente, não o tracciona. Esta está condenada. Por 35 €, compro uma Canon. Já náo HÁ pachorra para aturar má educação digital.
No meio destes acontecimentos, fomos ao Ikea comprar um móvel para a casa de banho. Montei-o eu próprio e poupei 100 patacos. Foram lá montar o painel de banheira e … arrependi-me, não ter sido eu a fazê-lo, porque vou ter que o arranjar como deve ser. Os desgraçados dos autoclismos, os 2, estão a verter água pela sanita. À noite é particularmente irritante.
Coisa boa? Não tive crises de enxaquecas. A Alexandra/Xana continuou a sua carreira operática na 2ª temporada de Bastien e Bastienne que termina amanhã. Este assunto foi motivo de um post completo e descritivo mas que nunca foi lançado, por azelhice minha – fazer as coisas em diversos computadores nem sempre é a melhor estratégia. O post ficou gravado em draft num computador que deixei de utilizar … mas garanto que no fim de semana o lanço, sobretudo porque tem umas fotos muito giras.
Os “putos” (os filhos bebes dos nossos grandes amigos e menos amigos e conhecidos) candidatos à Universidade entraram todos onde queriam nos cursos que queriam. Um elogio aos próprios e aos pais pelo seu desempenho. Tudo filho de boa gente.
Pró ano, é a nossa vez, mais uma angústia. Acredito que a nossa Pipinha vai fazer o possível e o impossivel para corresponder às sua próprias exigências. Não tenho razão de queixa, bem pelo contrário, só devo elogios. A Filipa tornou-se uma excelente aluna. Com mais um esforçozinho e pode ser mesmo … brilhante.
Isto é a aventura da vida, da família … a nossa.
E Vocês nunca passaram por isto?
No fim, sei que estarei mais forte, com mais capacidade de apreciar as coisas boas que me dão e estarei mais rico para me oferecer aos outros.
Comentários
Enviar um comentário
Os comentários são sempre bem vindos.
Palavras, ideias ofensivas ou linguagem menos correcta não terão o privilégio de serem publicadas.