Isto não é um artigo científico é de opinião.
Como profissional dos domínios da mente, interesso-me particularmente pela fronteira entre o irreal e o real, ou se quiserem, entre a fantasia e a realidade e os pontos, em que ambos os "mundos" se confrontam. Esse espaço intermédio entre a realidade e fantasia, entre a realidade e o mundo onírico é um dos pontos mais ténues que separa a vida mental saudável da loucura.
Desde que crianças que fazemos uma aprendizagem de aproximação da realidade e de fuga ao mundo imagético.
Mesmo quando adultos, algumas "peças"/partes desse mundo ficam coladas ao nosso ser, e revelam-se ser primordiais no aparecimento de capacidades, socialmente muito valorizadas, como a escrita criativa, a representação, etc. O lado mais negro destes pedaços de um mundo irreal, que passa a campus virtual, é a mentira, o exercício político e a fuga para esse mundo de não existência que é a esquizofrenia.
È pois possível assistir no adulto saudável a manifestações que por si só, são fragmentos dessa psicose.
O que nos distingue da loucura, ou se quiserem, do louco, é a capacidade de nos distanciarmos desses fragmentos da irrealidade e tecer uma critica sobre ela de forma que por processo racionalizador a entendemos mais como sendo exterior-interior de nós próprios e não exterior-exterior à nossa vontade e ao nosso pensamento. Ou seja, é nosso mas não o identificamos como sendo o nosso íntimo nem o exteriorizamos como sendo um agente exterior à nossa própria vontade. Se desejarem, uma coisa é saber que é um devaneio, uma fantasia ou uma mentira outra é acreditar nela como sendo/fazendo parte da realidade.
O actor ao "encarnar" uma personagem, fá-lo de forma admirável e quanto mais ele for o outro, mais credível ele é. No fim da peça ou da representação, espera-se que retome à sua personalidade íntegra. Se assim não fosse, imaginem os Hannibal Lecter que por aí haveriam.
O escritor utiliza um processo semelhante, ao construir uma ou diversas personagens, no seu interior e que traduz na sua escrita. Todavia é expectável que não desenvolva multipersonalidades.
A pessoa que prega um mentirinha, e possua clara noção que o está a fazer e, apenas o faz se ela for inconsequente, não faz dela um mentiroso. Aquele que não tem crítica sobre a sua mentira é o chamado mentiroso compulsivo e está a definir o caminho para o afastamento da realidade e aproximação à doença.
Todavia, existem algumas pessoas, que por estrutura mental, reúnem a maior partes destas características e ainda acrescem mais algumas coisas, tais como, são convincentes sobre a irrealidade de tal forma que a tornam realidade. Os casos suaves, serão alguns vendedores, os casos mais graves, são os políticos.
Agora leia este artigo e pense, no nosso primeiro ministro Sócrates, na ministra Isabel Alçada, no presidente do governo regional da madeira Alberto João Jardim ou no Presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares Jaime Soares.
Se alargar as premissas deste artigo de opinião, suficientemente ofensivo para esta gente toda, pode incluir, 99.9% dos jornalistas (ou empregados de agências de comunicação).
Com o desejo de ter sido suficiente claro, agressivo e tão desonesto quanto os loucos acima descritos …
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