à procura do rosa miminho...




Há períodos da nossa vida que se pintam só de preto e branco, ou melhor de vários tons de cinzento…


Mas, a cor não está no que se vê, mas sim no que se consegue ver!

Nem sempre as cores nos aparecem…não as encontramos, correm à nossa frente, escondem-se por detrás da alma, estão feitas num borrão, tudo igual e nada diferente!

Assim me sinto às vezes, aliás, muitas vezes ultimamente, vejo tudo a preto e branco, ou melhor a cinza e branco! Tudo esborratad0, sem conseguir diferenciar o que é importante daquilo que é dispensável, sem conseguir agarrar o tom rosa, a cor que quero pintar a minha vida.

Às vezes é mesmo assim! E até deixo andar! Quero lá saber!

Fico mesmo assim! Esborratada, sem cor nem brilho, sem voz nem grito, sem dor nem alívio! Esbatida, diluída nos cinzentos!

Hoje faço 50 anos!

Dá que pensar! Por que histórias de “escuros”, papões e medos tenho eu andado enrolada?

Mas nem sempre foi assim…

Durante muitos tempos …foi bom, muito bom!

“Grateful” é a palavra que gira sem parar na minha cabeça! Sim, e não sei porquê em Inglês! Talvez seja mais colorida!

…devia estar grata por ter sido tão bom !

Os verões e a família, os amigos e os invernos, os dezembros e as filhotas, os maios e Nós!

Era bom chegar e partir, era bom estar e sentir, era bom curtir o quer que fosse…simplesmente do nada aparecia o violeta borboleta, o encarnado dourado, o branco noiva…

Quero isso de volta!

Tenho um pincel novo, e vontade de pintar!

Já meio esquecida vou repintando a minha vida, na esperança que todos à minha volta fiquem das cores que eu quero!

Rosa miminho, azul salgado, amarelo sol, verde fresco…



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