Memórias 2
Do biberon, às fraldas(de pano) não esquecendo as assaduras
Alcofas e outros apetrechos com as normas CE ... estou a gozar! Todos nós sobrevivemos a essas faltas ... de etiquetas! |
Ao falar de bebes, será inevitável falar de chupetas, fraldas e cueca de plástico, faixas para o umbigo, biberons e outras coisas similares.
Claro que me refiro ao alvorecer dos anos 60.
Reza a tradição contada que a minha pessoa não gostava de chupeta. O que terá contribuído para fazer de mim um bebe resinguento, inconsolável, dado a birras e choro fácil. Por outro, aleitamento a biberon, tal como era apanágio da altura, e de acordo com as histórias que justificam o meu mau génio, fui alvo de um erro de apreciação de qualquer coisa, de forma que eu não recebi a dose devida ... isto é, coitadinho de mim, passei fome. Pode parecer insignificante, mas seguramente que esse trauma de infância se arrastou ao longo da minha vida e hoje, faz de mim um obeso com problemas de controle de peso (isto é dito com a maior ironia, ok, que eu não acredito nestas tretas). Por uma ou outra razão, com fome, sem chupeta e de mau feitio, ajuntava-lhe a inexperiência dos meus pais, era o seu primeiro, logo a primeira vitima dos processos de aprendizagem (por isso é que eu continuo com problemas em gostar dessa coisa intragável que é a pedagogia eheheh, tudo se justifica com o passado não é assim Freud...ito?!) e, acrescentar, dizia eu antes deste longo introito, assava-me com facilidade. Sim. As fraldas eram de pano ao qual era sobreposto uma cueca de plástico. Estásse mesmo a ver que a mijoca a queimar a cútis do rabiosque da criança, além do formigueiro noutras partes que nós ainda não sabemos que temos, mas que podem incomodar, eram sensações em demasia para uma criança. Claro que deveria protestar, e provavelmente com uma ária de choro e guinchos de descabelar qualquer um. A grande satisfação desta vida, sobre este período, é que se andei “assado”, outros, todos os outros, assaram como eu. O que faz de nós, provavelmente os últimos sobreviventes das assaduras dos anos 60. Está na altura de constituir uma Fundação ... dos Assados!
Ora de mijas já falei e de outros lastros de momento não comentarei, pois aguardo para os meus 4 ou 5 anos, uma grande aventura, de cagada monumental em local público. Essa sim deve ser referenciada na Oxford Public Library e objecto de longo documentário no National Geographic Channel.
O rapaz era/é uma elegância. Acho que foi aqui que dei cabo das costas à minha mãe. |
Todavia, acho o momento ideal para referir que sou filho da ampola de vidro, isto é, fui alimentado com biberon e leitinho em pó. Muita crise deve ter havido com aqueles leites de solubilidade manhosa a entupirem as tetinas e eu feito mamão a berrar com a minha mãe e pai, desesperados a tentarem a abrirem o buraco da tetina com uma agulha incandescente. Lindo quadro. É por estas e por outras que adoro os meus pais ... criar um filho naquela altura era obra. Por outro lado, dado a semelhança imagética do biberon que alimenta com a seringa de vidro, não sei como não acabei a consumir opiácios! Freud, por mais que tentes não consegues lixar a vida a toda a gente, vês.
No fim da mamada naquelas borrachas peganhentas, o tradicional arroto e uma bolsadela deviam fazer parte da rotina.
Enfim, ainda hoje vivo traumatizado com o azedo ...
(próxima crónica: os terrores noturnos, os sonhos e o sonambulismo)
(depois da próxima crónica: descobri que tenho uma pila e já sei para que serve, eheheh esta é boa e fresca)
NÂO TE ATREVAS!!! A falar de pilas neste blog para famílias ...e criancinhas!!!!
ResponderEliminarAi, o menino!!!!Fique-se lá plas birras que os seus Queridos Paisinhos tiveram que aturar!!
E acerca da fominha que passaste, também acho que é por isso que agora és uma boquinha santa, tanto vai pastel de nata como bola de berlim, tanto entra estufado de "borregue" como marcha chanfana à maneira!! É assim "mêmo"! Quem nã serve pa comer , nã serve pa trabalhari!!
Nada de atrapalhações, apenas vou falar nos meus gloriosos arcos de xixi, feitos entre as grades da escola. Não esquecendo, como é óbvio na excelente pontaria que possuía, conseguindo acertar nas formigas a longa distância. O que é que pensavas? A dita cuja servia para expressão artística e de perfomance e era uma terrível arma de precisão eheheh !
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